A Federação Mundial de Quiropraxia (World Federation of Chiropractic), em seu congresso bienal na Nova Zelândia em Maio de 1.999, propôs uma definição oficial de quiropraxia, a qual transcrevemos:
“Profissão na área da saúde que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção de alterações mecânicas do sistema músculo-esquelético e seus efeitos sobre a função do sistema nervoso e da saúde em geral. Há uma ênfase em terapias manuais, incluindo a manipulação ou ajustamento vertebral.”
Daniel David Palmer, um professor Canadense, desenvolveu esses conhecimentos e criou este termo em 1.895, nos Estados Unidos da América, a partir dos radicais gregos Quiro (Mão) e Práxis (Praticar), tendo publicado uma obra de referência para a área “THE SCIENCE AND ART OF CHIROPRACTIC”.
O dicionário Aurélio, edição 2.000 traz pela primeira vez a palavra “quiropraxia” a qual passa portanto a integrar oficialmente a língua portuguesa.
È comum encontrar derivações da mesma palavra – quiroprática (do termo em inglês – quiropratic)
Estudos comprovam a eficácia da quiropraxia nas alterações do sistema nervoso-músculo-esquelético em condições tais como lombalgias (dores nas costas) cervicalgias (dores no pescoço), cefaléias (dores de cabeça) alterações de postura, hérnia de disco, problemas musculares como distensões e tensão exagerada. Problemas articulares em geral.
Há evidências concretas da atuação e/ou relação em outros processos de adoecimento, tais como asma brônquica, enurese noturna, cólica do recém-nascido, dismenorréia e outras alterações menstruais, artrites, artroses, fibromialgia, tonturas e vertigens, etc.
A consulta inicial inclui a anamnese (histórico do paciente) e exame físico. Após a avaliação do estado do paciente, o quiropraxistas utiliza-se de diversos procedimentos para chegar a um diagnóstico. Com uma avaliação, o profissional estabelece a estratégia terapêutica que mais convém ao caso baseado na pesquisa cientifica e nos protocolos estabelecidos para a prática da quiropraxia.
Terapias manuais são a principal forma de tratamento utilizada. Entre elas, destaca-se o ajustamento ou manipulação articular. Após um detalhado exame da mobilidade de cada articulação, o quiropraxista diagnostica qual é o segmento articular que necessita deste tratamento. A manipulação é então realizada. Trata-se de um movimento rápido e preciso, normalmente acompanhado por um estalido da articulação manipulada. O objetivo da manipulação é restituir a mobilidade normal da articulação afetada. Após um ajustamento bem realizado, observa-se normalmente redução da dor e sensibilidade local, melhora do movimento e redução da tensão muscular.
Entretanto, a manipulação não é o único recurso terapêutico de que dispõem: várias outras manobras manuais, sobre articulações, músculos e tendões também, são utilizadas.
A prescrição de exercícios, e orientação postural são parte integrante do tratamento com quiropraxia. Neste sentido, a quiropraxia obedece aos preceitos mais contemporâneos de reabilitação, onde a uma terapia passiva, a manipulação, segue-se sempre uma terapia ativa, como exercícios, permitindo ao paciente um restabelecimento pleno de suas funções e impedindo a ocorrência de recidivas.
Os sintomas normalmente aparecem na última fase de um problema de saúde e são os primeiros a desaparecerem quando você começa o tratamento quiroprático. Porém, o problema vertebral (subluxação) que está causando os sintomas não desaparecem rapidamente. Seu quiropraxista é treinado para tratar a causa de seu problema, não só os sintomas. Antes de você receber qualquer cuidado quiroprático, seu corpo teve que se adaptar para compensar a disfunção vertebral. Seu sistema nervoso que percorre toda a coluna vertebral não pôde funcionar corretamente e isto provavelmente contribuiu para o aparecimento de seus problemas de saúde. Por isso, seu corpo está acostumado aos velhos padrões de movimento e postura. Para estabelecer um novo padrão, seu quiropraxista reavaliará seu progresso a intervalos regulares, mesmo que seus sintomas tenham desaparecido. Inicialmente, são necessárias algumas sessões semanais, e posteriormente, um acompanhamento mensal.
Felizmente, há vários anos, a quiropraxia tem se dedicado intensamente à produção de estudos clínicos controlados e randomizados, ou seja, realizados com metodologia científica preconizada.
Nos últimos 8 anos, quatro estudos foram feitos procurando revisar toda a literatura científica para definir quais as melhores terapias para o tratamento de lombalgia:
1-Pela corporação RAND, USA, 1991
2- Pelo ministério da saúde do Canadá, em 1993
3- Pelo Departamento de saúde dos Estados Unidos, em 1.994
4- Pela associação de clínicos gerais dos Estados Unidos, 1996.
Em todos estes órgãos, concluiu-se que a manipulação articular deve ser realizada, podendo encurtar o período de dor e beneficiando a saúde do paciente.